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A construção civil no século XXI

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Por mais que já estejamos em 2017, é possível fazer alguns exercícios de futurologia. E quando o tema é a construção civil do século XXI, o assunto fica interessante. Afinal, quem não se encanta com as cidades do futuro representadas em produções cinematográficas de ficção científica? A dúvida já não é mais se chegaremos a ter construções ultramodernas assim, mas quando as teremos.

Bom, isso não depende apenas da vontade de construir. O mundo é dinâmico, complexo e nem sempre apenas caminha para frente. Por mais que existam novos métodos, tecnologias e princípios a se seguir no século XXI, sem um ambiente favorável, nada acontecerá. O debate sobre a construção civil no século XXI parece trazer à tona muitos problemas. Vamos discuti-los nesse artigo.

Visão para o futuro

A maioria das pessoas, quando pensam nas construções civis do futuro, ainda imaginam muitos trabalhadores fazendo trabalho braçal, com grandes máquinas e pouca tecnologia. Parece incrível, mas é verdade. Isso porque a tecnologia no setor de construção evolui muito discretamente. Não por avançar pouco, mas por ser praticamente invisível.

No entanto, as mudanças aplicadas na última década tiveram bons resultados. Hoje já podemos dizer que utilizamos métodos antes vistos apenas em livros e filmes de ficção científica. A tecnologia móvel está fazendo mudanças que se assemelham ao surgimento da automação robótica na década de 70. No entanto, também é similar a dificuldade em introduzir e aplicar os novos métodos em larga escala nas indústrias.

Entre as tecnologias já utilizadas, está a dos dispositivos móveis, que permitem que os trabalhadores estejam todos interligados e conectados a um servidor único. Além de fazer com que eles compartilhem atualizações e informações em tempo real, a tecnologia reduz drasticamente os custos com hardware. Os sistemas em nuvem permitem que vários designers, por exemplo, trabalhem dentro do mesmo sítio virtual simultaneamente.

Outra aposta é a Internet das Coisas. Se você não sabe o que é isso, pense em uma casa inteligente, com os mais variados recursos tecnológicos. A internet das coisas está na base dessa ideia, pois, para existir, tudo na casa deve estar conectado. Esse tipo de tecnologia é a aposta para a construção civil no século XXI. Ela impulsionará a construção na medida em que criarmos novos dispositivos e ferramentas inteligentes, que substituam as ferramentas manuais.

Desafios para o futuro

A Associação Nacional dos Construtores de Moradias dos EUA (em inglês US National Association of Homebuilders) realizou uma pesquisa com empresas de construção a respeito do futuro. Para 82% delas, a principal preocupação é a falta de mão de obra no futuro. A idade média de trabalhadores nesse setor está aumentando. Cada vez mais se vê pessoas com mais de 60 anos na área, e o número das que possuem menos de 30 decresce rapidamente.

Não é o melhor momento para ter um problema como esse. O século XXI exige cada vez mais profissionais que queiram mudar o mundo através dos seus projetos. Além disso, há agravantes no setor da construção civil, como a exigência cada vez maior de habilidades em todos os níveis, mudanças demográfica, demanda por tecnologia e organização da força de trabalho.

O Fórum Econômico Mundial realizou uma pesquisa recentemente com mais de 100 entrevistados, e 77% deles acham que o problema está na indústria. Para eles, ela não está fazendo o suficiente para atrair e reter talentos. Mais: nenhum entrevistado acredita que esteja havendo um investimento suficiente no setor.

Esses desafios vêm em uma época emblemática. Desde 2007 a população urbana superou a rural. Especialistas afirmam que até 2050, 75% das pessoas vão viver em cidades. E já temos problemas suficientes com isso: dois terços do consumo de energia mundial e 75% da geração de resíduos estão nas metrópoles. Isso sem mencionar o processo intenso de esgotamento de recursos hídricos, a falta de mobilidade, violência e poluição.

Caso brasileiro

A urbanização apressada (e forçada) do Brasil fez com que muitas cidades se tornassem verdadeiros caos. No mundo de hoje, os engenheiros brasileiros então têm um desafio ainda maior. Além de trabalhar em uma arquitetura cada vez mais moderna e atual, precisam também arrumar os erros do passado.

Outro problema, esse apontado por profissionais do mercado imobiliário, é a dificuldade em se construir grandes cidades. A tarefa está cada vez mais difícil devido aos altos custos, a escassez dos terrenos e as restrições impostas por uma legislação abusiva. Portanto, segundo especialistas, a mudança do modelo de desenvolvimento das cidades brasileiras é urgente e imprescindível.

Por outro lado, já existem muitos profissionais empenhados em emplacar a ideia de uma cidade mais justa, humanizada e eficiente. Aos poucos, a discussão sobre desenvolvimento sustentável sai dos meios especializados e começa a ganhar força na sociedade. Como aconteceu na história do Brasil, o país acompanhará, ainda que a passos lentos, o desenvolvimento exterior.

E a sustentabilidade?

Quando se fala em construção civil para o futuro, é impossível não entrar no debate sobre sustentabilidade. Parece que, depois de ser uma unanimidade entre profissionais da área, a sociedade passou a comprar a ideia. Hoje vende-se sustentabilidade na propaganda, na imprensa e em qualquer meio de comunicação. Virou sinônimo da engenharia do futuro.

Mas com tanta visão de tecnologia, onde entraria a sustentabilidade? A princípio, devemos diferenciar o significado da palavra do “fetiche” criado em torno dela. Ser sustentável é justamente o que a palavra parece indicar: ter bases que permitem perdurar no tempo. Mas a “sustentabilidade” que envolve a construção civil é outra, pois no seu conceito entra um elemento ao qual a palavra original não se refere: o meio ambiente. Ser sustentável, como se diz hoje em dia, é respeitar o meio ambiente.

Diante dos estragos ambientais já causados pelo homem, é evidente que um modelo sustentável é mais que desejável: é obrigatório. E sendo assim, o desafio das empresas será desenvolver tudo o que mencionamos acima dentro da ideia de sustentabilidade. E elas não têm escolha, uma vez que a sociedade adotou a ideia. Projetos inovadores, como os prédios verdes, cada vez são mais comuns. Mas se eles vão vingar, só o futuro dirá.

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